quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Moksha
vivendo
o céu encoberto pela pele
é uma ilusão achar que os olhos sejam uma fresta
é uma batalha enxergar algo pelo vão dos neurônios
só enxergamos as portas
mas não entramos
a maior parte do tempo
tateamos com todos os sentidos e a imaginação
à procura de uma fresta
grudados no chão
tem tanta coisa na frente
feito mateiro por entre os dendritos
abrindo uma clareira
embrenhando e procurando
frestas a vida inteira
vivendo
o céu encoberto pela pele
vislumbrando o futuro
acomodado no corpo
vislumbrando o futuro
aconchegado na prece
...
e toda múmia que se liga de suas ataduras
e percebe que está num mundo
que nunca enfrentou tantas queimaduras
abraça alguma coisa...
espiritualidade de guerrilha
armada até os dentes com signos e representações
de fontes transbordantes de semiótica
na frente dos muros culturais
procurando
frestas
Fred - 19/12/2007
Coleção Híbridos
*moksha = sânscrito - libertação, do ciclo de renascimento e morte,
transcendência do fenômeno de existir
o céu encoberto pela pele
é uma ilusão achar que os olhos sejam uma fresta
é uma batalha enxergar algo pelo vão dos neurônios
só enxergamos as portas
mas não entramos
a maior parte do tempo
tateamos com todos os sentidos e a imaginação
à procura de uma fresta
grudados no chão
tem tanta coisa na frente
feito mateiro por entre os dendritos
abrindo uma clareira
embrenhando e procurando
frestas a vida inteira
vivendo
o céu encoberto pela pele
vislumbrando o futuro
acomodado no corpo
vislumbrando o futuro
aconchegado na prece
...
e toda múmia que se liga de suas ataduras
e percebe que está num mundo
que nunca enfrentou tantas queimaduras
abraça alguma coisa...
espiritualidade de guerrilha
armada até os dentes com signos e representações
de fontes transbordantes de semiótica
na frente dos muros culturais
procurando
frestas
Fred - 19/12/2007
Coleção Híbridos
*moksha = sânscrito - libertação, do ciclo de renascimento e morte,
transcendência do fenômeno de existir
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Múmia
Prelúdio:
"a névoa encobre a noite na mata
só brilham os olhos
vermelhos, amarelos ou verdes
minha imaginação esconde-se em meu cérebro
mas a urina escorrida nas pernas
está me mostrando
mostrando
pra quem prestar atenção"
...
os olhos são a janela da alma
mas o resto continua encoberto
os olhos aparecem
mas o corpo camufla-se de cores
as dores aparecem
mas camuflam-se no corpo
os olhos aparecem
e o resto camufla-se nos sonhos
os olhos abrem
mas o resto fica encoberto
os olhos aparecem (um pedaço aparece)
o resto está por trás das ataduras
a comunicação de massa é a força cinética na vida da maioria
encoberta
só com os olhos pra fora
...
e
pra ficar invisível é só colocar os óculos escuros
ninguém vai te perceber
Fred - 12/12/2007
Coleção Híbridos
"a névoa encobre a noite na mata
só brilham os olhos
vermelhos, amarelos ou verdes
minha imaginação esconde-se em meu cérebro
mas a urina escorrida nas pernas
está me mostrando
mostrando
pra quem prestar atenção"
...
os olhos são a janela da alma
mas o resto continua encoberto
os olhos aparecem
mas o corpo camufla-se de cores
as dores aparecem
mas camuflam-se no corpo
os olhos aparecem
e o resto camufla-se nos sonhos
os olhos abrem
mas o resto fica encoberto
os olhos aparecem (um pedaço aparece)
o resto está por trás das ataduras
a comunicação de massa é a força cinética na vida da maioria
encoberta
só com os olhos pra fora
...
e
pra ficar invisível é só colocar os óculos escuros
ninguém vai te perceber
Fred - 12/12/2007
Coleção Híbridos
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