terça-feira, 1 de novembro de 2011
Futuro? Evolução?
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Mapas Coloridos
sábado, 17 de setembro de 2011
Inexato
[Janela]
Um céu cheio de nuvens em negrume,
tapando uma terra pintada de luzes neon
e homens tecnológicos, feito vaga-lumes.
Saio para dar uma flutuada.
Sob um gramado de área planejada,
pairo, submisso, contemplando as mudanças.
[Próximo à enseada]
Sob meu flutuador, gigantesca área esverdeada,
limitada e condicionada, não gravitada,
muito distante da natureza natural
antes de ser dominada
.
.
.
Uma doença: e de cem em cem anos meu corpo se transforma.
Cor, cheiro, interesses e, até, alguns aspectos da personalidade.
Outra forma.
Já começo admitir que o passar dos anos só me trarão novidades.
Meu cérebro já deixou bem claro que não guardará tudo em sua valiosa memória.
Mas alguma porcentagem e algumas bobagens.
Bio-filósofos sugerindo "homo-porvir" ou "homo-inexatus".
Sigo firme e forte, com plena convicção de estar caminhando para alguma morte:
cultural, psíquica, emocional ou de alguns atos.
Hoje pareço-me mais com um humanóide do que um humano vulgar.
Ainda com traços humanos, consideraria.
Mas tudo parece um constante devir e se o processo seguir as primeiras amostras,
terei mais alguns anos para me acostumar
Em ser... "inexato", eu diria.
Vivendo a ficção citada no passado próximo.
Caminhando por entre objetos do imaginário, concretos,
E observando o quanto a tecnologia solidifica nossas criações de dentro,
espelindo-as para fora.
Encarando a sensação de ser sempre um cara de outrora.
Sensação esta acompanhada de eternidade à beira de uma morte repentina.
Como um jogo em que tenho vidas e mais vidas disponíveis como bônus.
Como se não existisse ônus.
Pensando conforme a música, ou não...
Se parece engraçado, ria junto,
Mas se parece sério, sério junto,
Se for melhor fingir de morto, morto junto.
O mais louco de tudo,
Colecionando centenas de anos,
Meu espírito parece ter preenchido menos de cem.
Fred - 17/09/2011
Coleção Híbridos - Futuro Desconhecido
terça-feira, 23 de agosto de 2011
Frase
C. G. Jung
sexta-feira, 17 de junho de 2011
sexta-feira, 27 de maio de 2011
Mimetismo
quinta-feira, 21 de abril de 2011
+Almas
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Dragões de Laboratório
quinta-feira, 24 de março de 2011
Dica
domingo, 30 de janeiro de 2011
Na mesa de cirurgia:
Querer falar sobre algo que não se conhece por inteiro;
realizar-se sob pensamentos e atos
Que não encontram reverberação na sociedade
ou correspondência com seu ritmo interno.
Desbravar a selva de nossa ignorância em relação à qualquer assunto.
E ainda assim sair vitorioso.
Esperançoso, perto do momento da morte,
ou na expectativa de desligar-se deste mundo,
De flutuar aos céus sob luzes e sensações gloriosas
a dominar- lhe o corpo e a mente.
Eis a questão.
Transcender sob limitação.
Candidatar-se aos percalços de buscar conhecimento
e mudar atitudes e rotinas.
Transcender pela mente e esperar o corpo e os atos
traduzirem isto ao mundo
E ter paciência.
Eis a questão.
Desenvolver uma linguagem própria e, ao mesmo tempo histórica,
Que possa ser lida e compreendida por todos que nos tateiam as expressões,
Meio embaçados, turvos, trôpegos, porém decididos em nos compreender
Para ter a chance, não racional, de criarem suas próprias identidades e
E darem sentido ao mundo (seu mundo).
Eis a questão.
Como tirar leite de pedra. Com ferramentas delicadas
e nem sempre bem acabadas:
Cognição, epistemologia, filosofias, gnoses e agnosia,
memórias e esquecimento.
Aliás, o que significam mesmo?
Eis a questão para não desistir de tudo.
Funcionam.
Pois sejam lá quais forem os portais que se abram no momento da morte.
Importam os fortes que abriram seus corpos,
como se abrem as feridas e as flores.
Todos os corpos
que formam nossos pensamentos, emoções, órgãos e imaginações.
E esses corpos que se formam quando dizemos e pensamos
que somos ou estamos dessa ou
Daquela forma.
Essas f(ô)rmas que moldam e agregam todos os significados
que damos e identificamos para nós mesmos.
Nós esses que se desatam quando simplesmente fazemos o que pensamos.
Com toda responsabilidade e perdão necessários para compreender
que o que nos dá discernimento e aprendizado
começa por tatear o que significa amar.
...
De volta, de novo, observo da janela, a terra e as estrelas.
Coloco meus óculos de descanso, arrumo a camisa, amarro o tênis,
uma pequena coceira nas cicatrizes cutâneas.
Um sorriso e um novo dia.
Daqui alguns minutos começarão os transplantes.
Biomáquinas substituirão minha pele e coração.
Definitivamente, não serei mais humano, mas um outro.
Fred – 16/01/2011
Coleção Híbridos – Futuro Desconhecido