“ retomemos a produção do que importávamos
fábricas se ergam para que sejamos soberanos
bojudas torres-filtros-de-ar nos protejam
às máscaras recorramos
partículas de todos os tipos
em pós-óculos apareçam
que para lá ou cá nos digam
porque nos indicam os ventos
pois, assim, andaremos
crianças, olhem ali em tons doentios
essas brisas aí nos miram!
bactérias e vírus letais! vamos!
nosso sangue brilha de potência
aceso pelo sol sulamericano
morrem em nós os pequenos monstros
porque, em nosso sangue, os matamos
nossas máscaras - face inteira –, retirem!
a chuva chega tardia; já nos protegemos
o fim de tarde cheirando molhado, ventos
coloridos, vivos – pousam
em nossos corpos calmos
os nossos espíritos - enquanto
continua o sol arroxeado caindo
belo como em todos os outros anos
”
2020/05/01 - Fred Vieira
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