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Cada vez mais e mais fantasmas. Migrantes, imigrantes e entregadores de toda sorte. Na rinha de galo o Azar e o Sorte carregam dinheiro nas ancas enquanto brigam eriçados. Aprendizes de feiticeiras confabulam: bruxuleiam sexo e inocência, mas medem as doses. A noite esconde corpos, mas há rostos, ombros, coxas, seios mascarados de decote, cabeleiras, suor, o resto a noite encobre nos buracos. Estrelas que se movem e desaparecem. Besourinhos lustrosos pretos assistem o rio gigantesco contornar seus corpos e rugir. Uma gangue de ratos encurrala um escorpião que já derrubou um. Onças-pretas invisíveis espreitam. Sombras acabam cedendo. Um pulmão explode por perto, e logo mais ganhará sono de recompensa. Humanoides são uma das forças da natureza.
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2020/07/10
Fred
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